Chico Lira
Este é o título do livro do sociólogo Alberto Carlos Almeida (308 páginas, 40 reais, editora Record), que foi lançado esta semana na Livraria Cultura, na capital, apontando e analisando a lógica que orienta a escolha de um candidato por parte do eleitorado brasileiro.
São cinco os fatores que Almeida enumera no seu estudo: Avaliação do Governo (quando o candidato tenta reeleição); uma Identidade Clara; o “Recall”; Uso do Currículo e Potencial de Crescimento Eleitoral.
O primeiro e mais importante fator, a “Avaliação do Governo’, demonstra que não basta contratar um bom marqueteiro, encomendar uma dúzia de pesquisas de opinião e, com base nelas, elaborar um rol de promessas que seduzirá o eleitor.
O autor usa estudos de outros cientistas políticos para fundamentar o grau de imediatismo do eleitor, para chegar à conclusão que o pragmatismo do voto está diretamente relacionado com as necessidades básicas do eleitor. A escolha deste se faz muito mais em função da sua avaliação das realizações do governo, do que com base em promessas de mudanças futuras.
O segundo fator diz respeito à tomada de posição do candidato. “Aqueles que marcadamente assumem o papel da situação ou oposição são os que costumam encerrar o pleito nas primeiras posições”, afirma o autor.
O “Recall”, que é o terceiro item enumerado por Almeida, é a lembrança que o candidato consegue suscitar no eleitor. Quanto mais um político disputa eleições para o mesmo cargo, mais conhecido ele se torna, ficando mais fácil e mais rápido para ele do que aquele que pretende se tornar conhecido.
Já o quarto elemento para a conquista do voto é a maneira como o político faz uso do seu currículo. “É preciso captar o que o eleitor quer, e tanto melhor para o candidato se a realização desse desejo estiver relacionada a uma capacidade que o político já demonstrou ter”, diz o cientista político Rubens Figueiredo, um dos citados em A Cabeça do Eleitor.
Por último, o Potencial de Crescimento Eleitoral define o destino de um candidato. Aqui os fatores anteriores (principalmente os dois últimos) se mal utilizados podem desandar todo um trabalho. É que não raro, o candidato é prejudicado por ser bastante conhecido e por isso mesmo tender a ter uma alta taxa de rejeição. Assim, o fato de nunca ter disputado uma eleição, pode ser positivo para um candidato. Ao contrário do que muitos imaginam ser um complicador.
Este é o título do livro do sociólogo Alberto Carlos Almeida (308 páginas, 40 reais, editora Record), que foi lançado esta semana na Livraria Cultura, na capital, apontando e analisando a lógica que orienta a escolha de um candidato por parte do eleitorado brasileiro.
São cinco os fatores que Almeida enumera no seu estudo: Avaliação do Governo (quando o candidato tenta reeleição); uma Identidade Clara; o “Recall”; Uso do Currículo e Potencial de Crescimento Eleitoral.
O primeiro e mais importante fator, a “Avaliação do Governo’, demonstra que não basta contratar um bom marqueteiro, encomendar uma dúzia de pesquisas de opinião e, com base nelas, elaborar um rol de promessas que seduzirá o eleitor.
O autor usa estudos de outros cientistas políticos para fundamentar o grau de imediatismo do eleitor, para chegar à conclusão que o pragmatismo do voto está diretamente relacionado com as necessidades básicas do eleitor. A escolha deste se faz muito mais em função da sua avaliação das realizações do governo, do que com base em promessas de mudanças futuras.
O segundo fator diz respeito à tomada de posição do candidato. “Aqueles que marcadamente assumem o papel da situação ou oposição são os que costumam encerrar o pleito nas primeiras posições”, afirma o autor.
O “Recall”, que é o terceiro item enumerado por Almeida, é a lembrança que o candidato consegue suscitar no eleitor. Quanto mais um político disputa eleições para o mesmo cargo, mais conhecido ele se torna, ficando mais fácil e mais rápido para ele do que aquele que pretende se tornar conhecido.
Já o quarto elemento para a conquista do voto é a maneira como o político faz uso do seu currículo. “É preciso captar o que o eleitor quer, e tanto melhor para o candidato se a realização desse desejo estiver relacionada a uma capacidade que o político já demonstrou ter”, diz o cientista político Rubens Figueiredo, um dos citados em A Cabeça do Eleitor.
Por último, o Potencial de Crescimento Eleitoral define o destino de um candidato. Aqui os fatores anteriores (principalmente os dois últimos) se mal utilizados podem desandar todo um trabalho. É que não raro, o candidato é prejudicado por ser bastante conhecido e por isso mesmo tender a ter uma alta taxa de rejeição. Assim, o fato de nunca ter disputado uma eleição, pode ser positivo para um candidato. Ao contrário do que muitos imaginam ser um complicador.
Um comentário:
Depois de ler a resenha do livro "A cabeça do eleitor",dos cinco apresentados, sublinho um factor, aquele que me parece ser o mais exaltante no tempo de pobreza actual e diz que o pragmatismo do voto está directamente relacionado com as necessidades básicas do eleitor.Este factor é o único que valoriza os problemas do quotidiano e a vida real, e questiona a exclusividade da "presença" do candidato na "cabeça do eleitor". É um factor humanista, de pés na terra mas a política , que eu saiba, ainda não é uma "coisa" dos céus nem os candidatos,semi- deuses...
Salientaria ainda a pedagogia implicíta na resenha e o sentido de oportunidade da mesma dada a proximidade de eleições.
Manuela Aleixo
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