Nesse contrato o drama e a comédia, as perdas e os ganhos, o deserto e o Oasis, o relaxamento e o estresse são privilégios somente dos vivos.
Vivemos num tempo em que as pessoas são excessivamente previsíveis, destituídas de criatividade, sem tempero emocional, aprisionada nas teias da mesmice. Somos enfadonhos, tediosos e não poucas vezes indigestos. Não nos suportamos, repetimos velhos jargões, reproduzimos os mesmos comportamentos e construímos senis pensamentos. Precisamos de estratégias de marketing e da maquiagem da mídia para nos tornarmos interessantes. Navegamos todos no oceano do tédio. Temos mesa farta, mas falta-nos o apetite.
Devemos reconhecer nossas loucuras e entrar em contato com a nossa estupidez. Felizes os que são transparentes, pois deles é o reino da sabedoria. Infelizes os que escondem suas mazelas debaixo da cultura, dinheiro e prestigio social, pois deles é o reino da psiquiatria. Mas sejamos honestos! Somos todos especialistas em esconderijos. Enfiamo-nos em buracos inimagináveis para nos escondermos debaixo da bandeira da sinceridade.
Andamos na superfície da terra, caminhamos na superfície da existência, respiramos na superfície do intelecto. Precisamos ser mais profundos. Andar com profundidade.
Somos todos caminhantes que andamos no traçado do tempo procurando sem nunca encontrar.
Esperamos um aplauso e recebemos vaias embora conscientes que não há aplauso que dure para sempre nem vaia que seja eterna.
Chegamos ao fim da vida tendo visto indeferido mais da metade de nossos desejos.
Duarte Gil Gouveia
Vivemos num tempo em que as pessoas são excessivamente previsíveis, destituídas de criatividade, sem tempero emocional, aprisionada nas teias da mesmice. Somos enfadonhos, tediosos e não poucas vezes indigestos. Não nos suportamos, repetimos velhos jargões, reproduzimos os mesmos comportamentos e construímos senis pensamentos. Precisamos de estratégias de marketing e da maquiagem da mídia para nos tornarmos interessantes. Navegamos todos no oceano do tédio. Temos mesa farta, mas falta-nos o apetite.
Devemos reconhecer nossas loucuras e entrar em contato com a nossa estupidez. Felizes os que são transparentes, pois deles é o reino da sabedoria. Infelizes os que escondem suas mazelas debaixo da cultura, dinheiro e prestigio social, pois deles é o reino da psiquiatria. Mas sejamos honestos! Somos todos especialistas em esconderijos. Enfiamo-nos em buracos inimagináveis para nos escondermos debaixo da bandeira da sinceridade.
Andamos na superfície da terra, caminhamos na superfície da existência, respiramos na superfície do intelecto. Precisamos ser mais profundos. Andar com profundidade.
Somos todos caminhantes que andamos no traçado do tempo procurando sem nunca encontrar.
Esperamos um aplauso e recebemos vaias embora conscientes que não há aplauso que dure para sempre nem vaia que seja eterna.
Chegamos ao fim da vida tendo visto indeferido mais da metade de nossos desejos.
Duarte Gil Gouveia
Nenhum comentário:
Postar um comentário